Compositor: Silvio Rodríguez
Tomara que as folhas não toquem o seu corpo quando caírem
Para que você não as transforme em cristal
Tomara que a chuva deixe de ser o milagre que escorre pelo seu corpo
Tomara que a Lua possa sair sem você
Tomara que a terra não beije os seus passos
Tomara que o seu olhar constante acabe
E a palavra precisa, o sorriso perfeito
Tomara que aconteça algo que, de repente, te apague
Uma luz ofuscante, um disparo de neve
Tomara que, pelo menos, a morte me leve
Para não te ver tanto, para não te ver sempre
Em todos os segundos, em todas as visões
Tomara que eu não consiga te tocar nem em uma música
Tomara que a aurora não dê gritos que caiam nas minhas costas
Tomara que essa voz se esqueça do seu nome
Tomara que as paredes não retenham o barulho do seu andar cansado
Tomara que o desejo vá atrás de você
Do seu velho governo de defuntos e flores
Tomara que o seu olhar constante acabe
E a palavra precisa, o sorriso perfeito
Tomara que aconteça algo que, de repente, te apague
Uma luz ofuscante, um disparo de neve
Tomara que, pelo menos, a morte me leve
Para não te ver tanto, para não te ver sempre
Em todos os segundos, em todas as visões
Tomara que eu não consiga te tocar nem em uma música
Tomara que aconteça algo que, de repente, te apague
Uma luz ofuscante, um disparo de neve
Tomara que, pelo menos, a morte me leve
Para não te ver tanto, para não te ver sempre
Em todos os segundos, em todas as visões
Tomara que eu não consiga te tocar nem em uma música